O futebol dá sinais de vida

Já vinha desistindo mesmo do futebol. Era desânimo atrás de desânimo. Do que valia aquele jogo que as cartas já estão marcadas. Não nos resultados, pois ainda nos sobram graças a Deus atletas com culhões, mas nos bastidores a dinheirama rola solta e o nosso ninguém entrega. Para nós somente chega a conta de um estádio que nem existe ou de um tijolo que no final custará R$ 96,00. Aquela noite parecia o fim. Meu time já perdia mais uma vez jogando um futebol pifío e retranqueiro, fugindo totalmente de suas origens. Quando apanhei o par de chuteiras para aí sim pendurá-las de vez, ouço uma vinheta global a me chamar para a última tentativa, o último suspiro, o último sangue de torcedor que insistia em resistir naquele coração cansado de sofrer com essa droga do bem chamada futebol. E não é que deu certo. Os deuses do futebol fizeram sua parte e salvaram a vida de muitos e muitos amantes do futebol ainda vivos por esse mundo de meu Deus. Foram nove tentos anotados, sem contar com uma magia que pairava no ar de um terreno que antes já foi do Rei e que agora figuram estranhos sujeitos de cabelos esquisitos e outros dentuços. Ainda bem, pensei que tudo tinha se acabado. Por em quando só dei meia-volta, ainda com uma pulga atrás da orelha, no máximo já ganharam um voto de confiança. Tomara possamos ver isso de novo. O velho Garrincha deve ter brindado um ardente copo de cana-de-açúcar com algum amigo de fé esteja ele onde estiver. Viva a pré-ressureição do futebol.

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