Quando a rivalidade sadia vira doença

Torcer para um time de futebol e demonstrar seu amor já não é tarefa tão fácil nos dias atuais. Corre o risco de você ser linchado sem nem saber o por que. O mundo se tornou um lugar muito perigoso e o futebol seguiu à risca esta constatação.


Nos últimos anos a internet proporcionou um ganho imenso em todas as áreas de atuação, inclusive à futebolística. Clubes, jogadores, torcidas, cartolas, jornalistas e todos os envolvidos no meio mantêm sites, blogs e páginas em redes sociais falando sobre futebol. A rivalidade nestes locais só aumentou. Muitas com ironias e brincadeiras sadias que sempre povoaram o imaginário do brasileiro, um eterno apaixonado pela pelota. Mas como tudo tem seu lado nem tão bonito, com o advento da internet futebolística vieram também os confrontos virtuais. Há casos de marcação de brigas pelas redes sociais e um número imenso de informações que só ajudam a criar um clima de ódio contra aquele que não veste a mesma camisa que você. Um simples comentário pode suscitar uma guerra e consequentemente um problema imenso para quem posta. A vida se torna um inferno em questão de segundos.


No caso de Minas Gerais não foi diferente. Galo e Raposa cultivam uma rivalidade imensa dentro e fora da rede mundial de computadores. As torcidas por sua vez´muita das vezes usam a mesma internet para propagar o ódio e violência uma contra a outra. Claro que há exceções, mas na maioria das vezes uma "organizada", nada mais é do que um clã, uma seita, um bando, sempre preparado para o que der e vier quando um de seus pares estiver envolvido. Com certeza isso é sabido pelos líderes de torcida, mas controlar um quantidade grande de pessoas já é difícil e se esse grande número de pessoas estiver fazendo uso de um computador em suas casas essa tarefa se torna praticamente impossível.


Vivemos num momento em que o diferente vem ganhando espaço frente ao usual. Temos o caso das mulheres que já competem de igual para igual com os homens, os homossexuais que a cada dia tem seus direitos conquistados e também os negros que nem se fala as dificuldades passadas no decorrer dos tempos. O futebol e os torcedores podiam seguir o mesmo exemplo. A batalha só acontece dentro do campo durante aqueles 90 minutos. Fora isso todos somos iguais e a zoeira deveria se ater a uma simples gozação entre os torcedores. Infelizmente não é isso que se vê.


Seja Maria ou Klaudete, cruzeirense ou atleticano, viva o amor pelo seu clube na mais perfeita paz. Vibre quando a vitória vier e aguente de bom humor a zoeira quando a derrota acontecer. Garanto que viverá bem melhor assim e o futebol será visto com outros olhos por você. Não como uma guerra, mas sim como um jogo, onde se perde e se ganha, SEMPRE!!!!!!

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