O Rock in Rio é só do Rock?

Passada a primeira semana do Rock in Rio uma polêmica surgiu quando a cantora baiana Cláudia Leite esbravejou em seu blog contra as críticas recebidas pelo seu show e até comparou os roqueiros que não gostam de axé a Hitler. Acho que a loirinha pegou pesado, mas a partir daí surgiu a pergunta: O Rock in Rio é só do Rock?

Nas edições anteriores do festival, o rock claro foi o carro chefe, mas as misturas nunca deixaram de acontecer. Antigamente tais misturas pecavam na feitura do calendário de shows. Certa vez Carlinhos Brown fez o seu show no mesmo dia do Sepultura. Imagina o que rolou. Vaias e mais vaias para o baiano. Errado isso, mas fácil de entender. O público que lá estava naquele dia era formado exclusivamente por roqueiros e mais que isso: metaleiros da pesada.

Noto hoje que o calendário de shows foi melhor idealizado, pois Cláudia Leite tocou no mesmo dia de Katy Perry e Rihanna, ou seja, o público é quase o mesmo. Quem curte axé, quase sempre gosta de um pop gringo.

Concluindo acho que as misturas devem acontecer, mas com cuidado na hora da elaboração da agenda. O Rock in Rio é Rock só no nome, pois o ideal do festival é misturar e juntar as tribos musicais. Na verdade, quem leva essa onda de dinheiro e IBOPE para o Rock in Rio é o público do pop. Os roqueiros são mais reservados no que tange à divulgação e euforia. Guardam as forças para a hora do show.

O negócio é curtir o que rolar e respeitar o que não gostar. Não existe música boa ou ruim, mas sim gostos musicais variados.

Obs: Sou da turma do rock e espero ansioso por System of a Down!

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