A difícil e encantável arte de querer ficar só
Por volta dos três anos de idade aquela pequena criança foi mudando pouco a pouco. A fala que antes se desenvolvia foi travando e as relações interpessoais foram diminuindo. A melhor companhia para ela começava a se tornar ela mesma.
Com os anos a situação foi se agravando ao ponto de certa vez ela ficar aproximadamente 2 anos sem falar uma palavra sequer. Se retraindo cada vez mais. Na escola não queria mais ir, Chaves e Chapolin na tv era o que importava para ela.
Os anos se passaram e esta fase ia e voltava. Uma hora estava alegre e falante, outra retraída e calada. De mal com o mundo e com todos a sua volta.
Hoje, quase 27 anos se passaram e aquela pequena criança ainda continua criança. Ela é a nossa menina e sempre será. Pode estar calada, no cantinho, não gostar do aconchego familiar, mas o coração dela está conosco e aposto que o nosso está com ela.
2 de abril: Dia Mundial de Conscientização do Autismo
Tenho uma irmã autista e gostaria que todas as esferas do Governo olhassem com mais carinho para esta causa. O diagnóstico aqui no Brasil é difícil e o tratamento nem se fala. Fica o recado para a presidenta, senadores, deputados, governadores, prefeitos, vereadores e sociedade em geral.
Pensei em te sacanear, por causa do seu comentário no meu blog...
ResponderExcluirMas quando cheguei aqui e li seu post, me emocionei com a sua história. Toda história deve ser respeitada...
É sempre assim, o governo nunca se preocupa com o que realmente é importante.
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